Depois de cirurgias ou cortes profundos, o processo de cicatrização pode ser afetado pelo aparecimento do queloide. A cesárea e a abdominoplastia são os procedimentos que mais formam esse tipo de cicatriz, pois são executadas por mulheres, grupo mais afetado pelo problema.
Ele é caracterizado pela hiperprodução de colágeno e a hiperproliferação de fibroblastos na derme, gerando crescimento excessivo dos tecidos de cicatrização. Em condições normais, o fibroblasto secreta uma enzima que destrói o colágeno, chamada colagenase. Ela é responsável por manter o balanço entre composição e degradação do tecido, regulando o tamanho da cicatriz. “O período crítico do processo de cicatrização geralmente ocorre na 3ª ou 4ª semana após a lesão. Nesse momento, a produção do colágeno pode se tornar maior que a degradação, gerando assim o queloide ou cicatriz hipertrófica”, explica a especialista.
O aparecimento do queloide não ocorre somente após cirurgias. Lesões sem causa aparente podem ser provocadas por doenças, como catapora e acne, ou queimaduras, injeções, picadas de insetos, tatuagens, piercings e furos na orelha. “Não existem locais específicos onde ele surge, mas são mais comuns nos braços, ombros, orelhas e rosto”, informa a médica.
Para quem já sabe ter antecedentes, é possível realizar alguns tratamentos preventivos logo após uma cirurgia ou lesão, como a utilização de faixas de compressão, lâminas de silicone e radioterapia no local. Em caso de queloides já existentes, é possível minimizá-los com corticoides (hormônios) injetáveis, terapia a laser ou remédios, como o interferon-alfa, 5-fluoruracil, bleomicina e Imiquimod, prescritos por especialista.
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