Os queloides foram descritos pela primeira vez em 1806 como um "crescimento em forma semelhante a projeção de galhos, que se pareciam com as pinças de um caranguejo". Daí surgiu o termo keloid, do grego khele, uma pinça do caranguejo. Conceitua-se queloide como uma cicatriz anormal, elevada, de forma irregular, que se estende além da incisão ou lesão da pele devido ao acumulo excessivo de colágeno na derme durante o processo de reparação do tecido conjuntivo.
Podendo ser causado por várias ações, como cirurgias, lacerações, tatuagens, queimaduras, injeções, mordidas, vacinas, uso de piercing, dermatoses, trauma induzido ou até causa espontânea, os queloides são de difícil remoção – e, quando tratados com apenas uma cirurgia de remoção, por exemplo, existe uma grande chance de eles voltarem.
Uma das novas soluções que surgem para auxiliar no tratamento dos queloides é a utilização do acelerador linear em campos diretos com finalidade adjuvante, que deve ser utilizado após a cirurgia de retirada de queloide, trazendo um resultado mais efetivo para o paciente.
Os elétrons de alta energia tem sido usados em radioterapia desde o início da década de 50 do século XX. Na década de 70, aceleradores lineares de alta energia, tendo fótons de várias energias de elétrons, se tornaram cada vez mais disponíveis para o uso clínico. O avanço no desenvolvimento dessas máquinas foi imediato, em grande parte pela experiência clínica em muitos centros, e mostrou que, em algumas situações, não há tratamento alternativo para a terapia com feixe de elétrons.
O ideal é começar o tratamento com o acelerador linear logo após a cirurgia de retirada do queloide. Esse é um problema de difícil tratamento e cura, porém, os resultados envolvendo a cirurgia e o acelerador foram considerados extremamente satisfatórios, tanto para os médicos que estudam cada vez mais formas de tratar esse mal, como os pacientes, que pretendem ‘se livrar’ dos queloides.
Na maioria dos casos, os pacientes com queloides relatam uma piora na qualidade de vida, que desencadeia isolamento social, dificuldade para frequentar locais públicos, para estudar ou trabalhar, assim como a suspeita de se tratar de tumores malignos ou lesões contagiosas – tanto por eles quanto pelas pessoas próximas.
Sabe-se que esse é um problema conhecido há muitos séculos, mas que ainda não existe uma solução definitiva para a sua solução, apesar da existência de diversas modalidades terapêuticas e diversos estudos na área. Porém, o acelerador linear promove um bom resultado final e é feito em sessões pouco demoradas. Mas vale lembrar que é um tratamento que não funciona isoladamente – ele precisa ser feito junto com a retirada cirúrgica do queloide.
terça-feira, 23 de junho de 2015
Mulheres tem 2 vezes mais chances de desenvolver quelóides
Depois de cirurgias ou cortes profundos, o processo de cicatrização pode ser afetado pelo aparecimento do queloide. A cesárea e a abdominoplastia são os procedimentos que mais formam esse tipo de cicatriz, pois são executadas por mulheres, grupo mais afetado pelo problema.
Ele é caracterizado pela hiperprodução de colágeno e a hiperproliferação de fibroblastos na derme, gerando crescimento excessivo dos tecidos de cicatrização. Em condições normais, o fibroblasto secreta uma enzima que destrói o colágeno, chamada colagenase. Ela é responsável por manter o balanço entre composição e degradação do tecido, regulando o tamanho da cicatriz. “O período crítico do processo de cicatrização geralmente ocorre na 3ª ou 4ª semana após a lesão. Nesse momento, a produção do colágeno pode se tornar maior que a degradação, gerando assim o queloide ou cicatriz hipertrófica”, explica a especialista.
O aparecimento do queloide não ocorre somente após cirurgias. Lesões sem causa aparente podem ser provocadas por doenças, como catapora e acne, ou queimaduras, injeções, picadas de insetos, tatuagens, piercings e furos na orelha. “Não existem locais específicos onde ele surge, mas são mais comuns nos braços, ombros, orelhas e rosto”, informa a médica.
Para quem já sabe ter antecedentes, é possível realizar alguns tratamentos preventivos logo após uma cirurgia ou lesão, como a utilização de faixas de compressão, lâminas de silicone e radioterapia no local. Em caso de queloides já existentes, é possível minimizá-los com corticoides (hormônios) injetáveis, terapia a laser ou remédios, como o interferon-alfa, 5-fluoruracil, bleomicina e Imiquimod, prescritos por especialista.
domingo, 21 de junho de 2015
Evolução da minha cicatriz
Como prometido, eu disse que postaria a evolução da minha quelóide ao longo dos meses depois da minha cirurgia plástica (ô arrependimento). Então, nos primeiros meses eu estava fazendo betaterapia e associando com a aplicação de Triancil, e até estava fazendo efeito, mas, depois dos 4 meses do pós cirúrgico ela começou a crescer de forma exagerada e hoje aos 8 meses depois ela já está quase do mesmo tamanho que antes, já que o corte é maior ela está um pouco maior.
Mesmo assim continuo fazendo aplicação de triancil para evitar que ela chegue à uma forma muito exagerada.
Mesmo assim continuo fazendo aplicação de triancil para evitar que ela chegue à uma forma muito exagerada.
1 mês de pós cirúrgico
4 meses de pós cirúrgico
7 meses de pós cirúrgico
Antes da cirurgia
É claro que esteticamente ela está bem mais"bonitinha" porque a antiga cicatriz tinhas esses gominhos que me incomodava bastante e também está um pouco mais clarinha, mas estou com esperança que vou conseguir estabilizá-la em um tamanho decente.
sábado, 6 de junho de 2015
Nova substância usada no tratamento de quelóides promete resultados superiores ao do uso de triancil
Uma nova substância vem sendo estudada no tratamento de cicatrizes hipertróficas e quelóides e vem causando verdadeiros milagres por quem está utilizando. É a substância chamada INTERFERON, vamos saber um pouco mais sobre ela?
O interferon é uma substância produzida normalmente pelo organismo humano e tem a função de atuar como mediador entre várias células que ajudam a nos defender de infecções causadas por vírus agressores (como o da gripe, por exemplo), inibindo ou interferindo com a multiplicação desses vírus. Os interferons também impedem o crescimento de certos tipos de células cancerosas, estimulando o nosso corpo a lutar com elas.
Um dos tipos de ação do interferon acontece quando ele estimula direta ou indiretamente vários mediadores da resposta imunológica. Nesse caso, a ação do interferon não é específica.
Ação antiproliferativa (ou antitumoral): o interferon faz com que as células tumorais diminuam ou interrompam seu crescimento e parem de se multiplicar (no caso de pacientes com neoplasias).
Aplicado 3 vezes na semana o uso de interferon apresentou resultados superiores ao da triancinolona, na prevenção da recorrência pós-operatória do quelóide. São, entretanto, de aplicação muito dolorosa, requerendo anestesia loco-regional, além do alto custo do medicamento.
O uso dos interferons nos quelóides tem sido estudado, apresentando resultados consistentes. Eles atuam ao reduzir a produção de colágeno tipo I, II, III e possivelmente IV. A utilização é intralesional, com administrações semanais de até 0,05 mg. Os estudos demonstraram reduções de até 50% nas dimensões lineares, com aplainamento das lesões elevadas. O efeito colateral mais freqüentemente reportado é a cefaléia (dor de cabeça).
Ocorrem alterações na epiderme e na derme.Os autores demonstraram diminuição significativa no número de feixes de colágeno e aumento na quantidade de mucina na derme e na epiderme.
O uso dos interferons nos quelóides tem sido estudado, apresentando resultados consistentes. Eles atuam ao reduzir a produção de colágeno tipo I, II, III e possivelmente IV. A utilização é intralesional, com administrações semanais de até 0,05 mg. Os estudos demonstraram reduções de até 50% nas dimensões lineares, com aplainamento das lesões elevadas. O efeito colateral mais freqüentemente reportado é a cefaléia (dor de cabeça).
Ocorrem alterações na epiderme e na derme.Os autores demonstraram diminuição significativa no número de feixes de colágeno e aumento na quantidade de mucina na derme e na epiderme.
Interferon só pode ser comprado e ministrado por um médico altamente capacitado, pois é uma substância perigosa e requer tratamento especial no seu manuseio e na forma de guardar, você nunca vai conseguir comprar numa farmácia, mas se achou interessante procure seu dermatologista ou cirurgião para tirar quaisquer dúvidas.
Espero que meu post tenha sido útil, um abraço e até a próxima.
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